A maioria de nós é muito apegada ao que nos cerca, isso é fato. Às pessoas, a nossa casa, aos nossos pertences e não menos importante, as nossas memórias.
Quando li o livro “A Mágica da Arrumação” de Marie Kondo, percebi como as emoções por trás de tudo isso nos influenciam demais.
A autora, uma personal organizer japonesa, muito famosa pelo seu método de organização, tem dicas ótimas e várias frases de efeito que me fizeram refletir! Não vou fazer a resenha do livro aqui, já existem inúmeras, mas vou abordar rapidamente em que consiste para poder embasar minha experiência.
O método ensina a juntar todos os itens por categoria e não por ambiente
Depois, definir o que traz alegria, que serão os itens que serão mantidos, definindo o local onde cada coisa ficará. Aconselha começar por roupas e sapatos, depois livros e documentos, ítens variados e por último objetos de valor sentimental.
O objetivo maior é destralhar, mais do que como organizar
E isso achei excelente pois quanto mais coisas acumulamos, mais difícil fica de iniciar o processo de desapego. Uma vez que a mudança de hábitos acontece, é realmente uma mágica! Pelo menos pra mim foi, não consigo entrar numa loja como antes, continuo gostando de adquirir coisas novas, mas com muito mais critério e consciência.
Pontos do livro importantes para reflexão:
– “um dos efeitos mágicos da organização é a segurança que adquirimos em relação à nossa capacidade de decisão” .
Desapegar implica em estabelecer padrões claros para avaliar nossos pertences e tomar decisões e, consequentemente, desperta a autoconfiança.
– “organizar é um modo de fazer um inventário que nos faz ver aquilo de que realmente gostamos” .
Nossos pertences nos mostram o histórico das decisões que tomamos ao longo da vida. A consciência daquilo que amamos aumenta, o que resulta em autoconhecimento e uma vida bem mais estimulante.
– ”Á medida que você organizar a casa e reduzir seus pertences, vai descobrir quais são os seus valores mais profundos e o que realmente importa na vida” .
O objetivo é escolher o que nos traz alegria e aproveitar a vida de acordo com os próprios padrões, eliminando tudo o que não se enquadrar. E fazer isso seguindo nossa intuição, sem fórmulas impostas por outros. Somente nós conseguimos saber que tipo de ambiente nos traz bem-estar.
– “quanto mais simples o método de organização, melhor”.
A habilidade de evitar o excesso depende da habilidade de simplificar a organização. Cada coisa precisa “morar” em um lugar da casa. Isso facilita encontrarmos o que precisamos e sabermos o que possuímos, logo evitaremos acumular mais do mesmo.
Enfim comecei a arrumação!
Fiquei tão empolgada, achando que seria fácil desapegar, bastava seguir as orientações dela! Comecei pelas roupas, como dizia o livro. Tirei tudo de dentro do armário e coloquei na cama, por partes. Comecei pelas blusas.
Ela diz algo bem legal, como já falei lá em cima: não devemos nos preocupar com o que iremos nos desfazer, mas sim devemos ficar com o que nos faz feliz. Esse é o click! Seja para uma peça existente, ou uma peça que iremos comprar, precisamos segurar nas mãos e identificar o sentimento que ela nos traz.
No início foi mais difícil, eu achava que tudo o que eu tinha me fazia feliz afinal eu havia escolhido essas roupas!😁
Mas ao longo do processo eu fui desapegando com mais facilidade e entendendo que eu era indiferente a muita coisa que estava ali.
Depois separei as partes de baixo, shorts, saias e calças.
Ela fala pra espalhar todas as peças da mesma categoria de uma vez só para vermos tudo o que temos.
Ela diz que gavetas e nichos economizam mais espaço que araras. Infelizmente a maioria do meu closet é de araras. Tenho poucas gavetas (o que é uma pena porque então aparento ter mais coisas do que tenho! Kkk).
Eu gosto de separar as roupas por cor, acho que ela também. Mas não é imprescindível.
Ahh, ela ensina a dobrar todas as peças de modo que fique um retângulo (da altura da gaveta) que se equilibra em pé. Assim, quando a gente abre a gaveta, consegue ver todas as peças e isso facilita a usarmos tudo o que temos (ou pelo menos ver tudo, e caso não usemos algumas peças, é porque elas precisam sair dali! Rsrs).
Isso mudou minha vida, sério! Eu fiz uma vez e as gavetas continuam arrumadas até hoje!
Elas ficaram assim:
Quando vi que deu certo, arrumei desse jeito as gavetas de roupas da minha filha de 8 anos, que viviam como se tivesse passado um furacão ali. E fiquei encantada pois também funcionou! Ela já aprendeu até a dobrar formando o retângulo e guardar. Isso facilita MUITO pra escolher, pois vemos tudo!
Quando vi que deu certo, arrumei desse jeito as gavetas de roupas da minha filha de 8 anos, que viviam como se tivesse passado um furacão ali. E fiquei encantada pois também funcionou! Ela já aprendeu até a dobrar formando o retângulo e guardar. Isso facilita MUITO pra escolher, pois vemos tudo!
Quanto a bolsas ela também dá dicas interessantes. Elas precisam ser guardadas em pé. Algumas são mais molengas; isso é resolvido colocando-se outra menor dentro. E ainda economiza espaço!
Resultado final do closet. Ainda um pouco cheio, mas já consigo ver tudo!
Resumo da história: Doei menos do que gostaria. Percebi que ainda sou apegada, ainda acho que vou usar muitas peças em alguma oportunidade, que é útil, etc. Mas fiquei satisfeita, foram 5 sacos grandes de roupas!
Agora vou partir para papelada, fotos, livros e outros cacarecos!
Deixo a dica, se for possível se conecte com a sua casa e com seus pertences e veja o que é essencial pra você.
Simplificar a casa é simplificar a vida!